sábado, 19 de junho de 2010

tudo sobre elefante

Como ler uma caixa taxonómicaElefante-asiático
Lightmatter elephanttrunk.jpg
Estado de conservação
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Mammalia
Ordem:Proboscidea
Família:Elephantidae
Género:Elephas
Espécie:E. maximus
Nome binomial
Elephas maximus
Lineu, 1758
Distribuição geográfica
Elphas maximus range.png
Sub-espécies
Ver texto.

O elefante-asiático (Elephas maximus), por vezes conhecido como elefante-indiano, uma das subespécies, é menor que os elefantes-africanos. Seu único predador natural é o tigre, que na maioria das vezes ataca os filhotes, porém existem casos registrados de tigres caçarem elefantes adultos. No passado existiam desde o sul da China à ilha de Sumatra na Indonésia, e da Síria aoVietnã.

[editar]Subespécies

O elefante-asiático é dividido em quatro subespécies:

  • Elefante-indiano (s.s.), E. m. indicus - A maioria dos indivíduos apresenta presas. É a subespécie mais abundante, com populações que se estendem da Índia à península de Malaca.
  • Elefante-do-ceilão, E. m. maximus - Subespécie de grande tamanho, é a única que alcança e por vezes supera os 3 metros de altura. Seu crânio é proporcionalmente maior do que o das outras subespécies. Nativo da ilha do Sri Lanka.
  • Elefante-de-sumatra, E. m. sumatrensis - Nativo da ilha de Sumatra, é de pequeno tamanho (1,7 a 2,3 metros de altura).
  • Elefante-da-malásia, E. m. borneensis - A menor de todas as subespécies. Têm costas proporcionalmente mais largas, presas mais finas e orelhas mais amplas. Está restrito ao noroeste da ilha de Bornéu. Segundo estudos genéticos, esta população se separou das outras subespécie há 300 mil anos.
  • Elefante-sírio E. m. asurus - Extinto


Os elefantes-asiáticos atingem 3 metros até à cernelha, têm orelhas pequenas e defesas um tanto leves. A espécie é desde há muito utilizada pelo homem comoanimal de guerra, em trabalhos florestais e como meio de transporte. Apesar disso, o elefante-indiano nunca foidomesticado uma vez que todos os animais em cativeiro nascem em liberdade.[editar]
Características

As principais diferenças entre este e o elefante-africanosão: costas mais arqueadas, orelhas menores, 4 unhas nas patas traseiras em vez de 3, 19 pares de costelas em vez de 21, ausência de presas de marfim nas fêmeas.

Na religião hindu, o elefante-asiático está associado aGanexa, o deus da sabedoria.

[editar]Ver Também


tudo sobre elefante marinho
Como ler uma caixa taxonómicaElefante-marinho-do-sul
Macho
Macho
Fêmea
Fêmea
Estado de conservação
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Mammalia
Infraclasse:Placentalia
Ordem:Carnivora
Superfamília:Pinnipedia
Família:Phocidae
Género:Mirounga
Espécie:M. leonina
Nome binomial
Mirounga leonina

O elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina) é a maior das focas. Ele é encontrado noHemisfério Sul e desde a Antártida até o sul de outros continentes. Reproduz em terra nas praias de ilhas subantárticas.

Estudos feitos a partir de imagens de satélite revelaram sua habilidade extraordinária como viajante oceânico e mergulhador.

Foi caçado intensamente ao longo do século XIX e em menor escala no século XX[1]. Ameaçado de extinção, os efeitos negativos foram parcialmente sanados, mas as flutuações populacionais ainda não foram devidamente explicadas.

Índice

[esconder]

[editar]Descrição física

Parente próximo da espécie norte-americana (Mirounga angustirostris), o elefante-marinho-do-sul se difere por ter um corpo menos compacto e por um focinho mais largo.

O dimorfismo sexual é muito marcante: os machos são de 3 a 4 vezes maiores que as fêmeas. Os maiores podem pesar até 4 toneladas e medir mais de 6 metros[2], mas, geralmente, os machos têm cerca de 2 toneladas e 4 metros, ao passo que as médias das fêmeas são de 500 kg e 2,70m.

As narinas se desenvolvem entre os machos dominantes na forma de trompas, uma particularidade que dá origem ao nome elefante-marinho[1]. Esta trompa (ou probóscide) fica evidente e se expande para formar uma caixa de ressonância quando o animal se irrita ou ruge para afirmar sua autoridade.

Os olhos são grandes, redondos e negros. O tamanho dos olhos gera uma grande concentração de pigmentos adaptados a favorecer a visão ou favorecer a luminosidade, tornado possível indicar os melhores caminhos para a captura de presas em profundidade.

Como todas as focas, os elefantes-marinhos têm os membros posteriores atrofiados e as extremidades são desenvolvidas para formar a nadadeira caudal. Cada um dos "pés" pode ser bem diferenciado e pode se desdobrar para mostrar os cinco dedos de sua palmura, uma membrana dupla, muito ágil, que facilita a propulsão aquática. O animal a utiliza geralmente em posição vertical, da mesma forma que os peixes. As nadadeiras peitorais são, ao contrário, pouco empregadas para o nado.

Os membros posteriores se tornaram impróprios a locomoção em terra e, por isso, os elefantes-marinhos utilizam os membros anteriores, que são nadadeiras bem desenvolvidas, para a locomoção sobre as praias, que lhes permitem se arrastar com mais mobilidade e são indispensáveis para a sua sobrevivência.

Os membros anteriores são capazes de favorecer desde curtas distâncias a movimentos rápidos, de forma a chegar ao mar, atrair as fêmeas ou de espantar os intrusos. O deslocamento em terra pode chegar a 8km/h.[3]

Os filhotes nascem como uma pelagem própria, o lanugo, inteiramente preta[4], que não é adaptada à água, mas que tem uma densidade suficiente para protegê-los do frio e do meio ambiente. A transformação da voz acompanha o desmame.

A cor das pelagens é mantida ao longo de suas vidas, sendo raras as alterações para cores como o cinza ou marrom, e acontecem de acordo com a espessura e umidade dos pêlos. Entre os machos mais velhos, adquire um aspecto de pele descolorida e várias cicatrizes geradas pelos combates com rivais.

Os elefantes-marinhos ficam corpulentos, o que os protege do frio e constitui também uma forma de sobrevivência ao ser uma forma de reserva energética ao longo de deslocamentos oceânicos ou períodos em terra.

Elefante-marinho-do-sul jovem. Em detalhe, os "bigodes sensíveis"

As reservas de gordura variam conforme a estação climática e a idade fisiológica do animal. Elas podem caracterizar a insuficiência de recursos alimentares e influem sobre a capacidade de flutuabilidade de um indivíduo (os mais pesados tendem a voltar à superfície e os mais magros tendem a afundar).

A camada de gordura pode passar dez centímetros, um convite aos caçadores de focas em busca desse óleo.

Assim como as demais focas, os elefantes-marinhos têm uma circulação sanguínea adaptada ao frio. A particularidade é que a circulação é feita sobre a derme por uma mistura de pequenas veias em torno de artérias, o que reduz as perdas de calor. Esta estrutura é particularmente presente em lugares menos isolados do corpo, como as partes posteriores.

Como vários outros membros da ordem dos carnívoros, os elefantes-marinhos têm "bigodes" sensíveis, as vibrissas. Eles permitem perceber as vibrações da água ou mesmo indicar áreas mais sombreadas e onde há mais visibilidade.

[editar]População

Elefantes-marinhos-do-sul na Antártida

A população mundial compreende de 600 mil[5] a 740 mil[6] animais.

Os estudos que mapeiam populações do elefante-marinho-do-sul mostram populações diferentes em diferentes áreas geográficas e em cada um dos três oceanos.[7]

As subpopulações mais importantes são as do Atlântico Sul que envolvem 400 mil indivíduos, sendo que 350 mil se reproduzem na Geórgia do Sul. Outras colônias estão situadas nas Ilhas Malvinas até a Península Valdés na Patagônia argentina;Ilhas Sandwich do Sul, Ilhas Órcades do Sul, Ilhas Shetland do Sul, Ilha Bouvet e naIlha de Gonçalo Álvares (do grupo da Ilha de Tristão da Cunha).

A segunda subpopulação, do sul do Oceano Índico, compreende no máximo 200 mil indivíduos, dos quais três quartos estão nas Ilhas Kerguelen e o restante nas ilhasCrozet, Marion (na África do Sul), Ilhas do Príncipe Eduardo e Heard. Outros ainda se reproduzem na Ilha de Amsterdã.

A terceira subpopulação, de cerca de 75 mil elefantes-marinhos, é encontrada nas ilhas subantárticas do Oceano Pacífico ao sul daTasmânia e Nova Zelândia, principalmente na Ilha Macquarie.

Outras colônias podem existir na Tasmânia, Santa Helena e no Arquipélago Juan Fernández[8], no Chile.

Alguns indivíduos isolados da espécie chegam ao Brasil[2], África do Sul e Austrália. Outros também são encontrados nas Ilhas Maurício e nas Ilhas Reunião[9][10].